quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

“Mas é preciso ter raça, É preciso ter graça, É preciso ter sonho sempre...”




Participei no dia 12/11/2009 da comemoração de sete anos do Café Filosófico que acontece às primeiras quintas-feiras de todos os meses no Parque Triano.

O violonista Bonfim (que toca muito!!) apresentou músicas como “Hino da Vitória”, “Carinhoso”, de Pixinguinha e “Sei Lá... a Vida tem Sempre Razão” iniciando o evento.

Os palestrantes fomos Sandra Goulart, antropóloga e professora da Faculdade Cásper Líbero, e eu. O tema foi

“Mas é preciso ter raça,
É preciso ter graça,
É preciso ter sonho sempre...”

A antropóloga Sandra Goulart disse que “na antropologia não se utiliza mais a noção de raça”. Pois, para ela, o conceito de raça não se sustenta mais cientificamente, já que “nenhum grupo humano detém certas características genéticas”. De acordo com o antropólogo Franz Boas, “é a cultura, e não a biologia, que nos faz seres humanos”. Com base nesse ponto, ela reflete o relativismo cultural e o liga ao texto “Raça e Cultura”, de Claude Lévi-Strauss, que tentava impedir uma perspectiva etnocêntrica sobre as culturas.

Já eu, contei minha experiência profissional e discuti a discriminação que a sociedade atual ainda preserva. Em novelas e seriados, fui escalado na maioria das vezes para personagens de escravos, empregados e bandidos, assim como sugere a imagem estereotipada do negro. Apesar de hoje a a mídia estar em uma situação bem melhor do que há 30 anos, ainda está muito aquém do que deveria estar.

Essa participação me levou a refletir a respeito de uma palestra, com cenas de todos os meus trabalhos e as mensagens e pensamentos que esses trabalhos deixaram. Estou amadurecendo a idéia...




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